Tigre é Santa Catarina na Série A em 2013

17/11/2012

O Criciúma está de volta a Série A do Campeonato Brasileiro! O Tigre empatou em 0 a 0 com o Atlético-PR neste sábado no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma, mas a festa do acesso aconteceu cerca de 10 minutos antes do fim da partida. Com o 1 a 1 entre São Caetano e Goiás a torcida do Tigre nem precisou esperar pelo final do jogo para comemorar o retorno a Elite do futebol nacional.

Acostumado ao aparece-e-desaparece na Primeira Divisão do Brasileiro nas últimas décadas do século passado, a partir do Século XXI Santa Catarina entrou no ritmo do pelotão de frente e desde que o campeonato brasileiro começou a ser jogado no sistema de pontos corridos, em 2003, sempre teve representante na Série A.

Tirando São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, é o único estado que sempre esteve prese
nte na elite.
Nem a redução de participantes para 20 clubes em 2006 tirou Santa Catarina do topo, que chegou até a ter dois times no alto: Figueirense e Avaí em 2011. Antes disso, em 2003 e 2004, já havia feito a dobradinha com Criciúma e Figueirense.
E o Criciúma conseguiu hoje manter essa tradição catarinense, garantindo seu lugar entre os 20 melhores clubes brasileiros de 2013. Assim, vamos para o 11° ano consecutivo na elite.
Parabéns, Tigre!!!!!
Parabéns, futebol catarinense!!!

O JOGO
A previsão de que a partida seria equilibrada e bastante disputada se confirmou no primeiro tempo. Criciúma e Atlético-PR deram chutões, cometeram faltas, deram poucos espaços a quem estava com a bola ou sem ela, mas criaram poucas chances de gol.

A torcida do Tigre chegou a soltar o grito de gol aos sete minutos, mas a conclusão de Matheus Ferraz foi invalidada porque o zagueiro estava em impedimento. Depois desse lance a equipe de Paulo Comelli só chegou com mais perigo em uma cobrança de falta de Zé Carlos aos 42 minutos. O artilheiro da Série B chutou sem muita força e o goleiro Santos deu rebote, mas se recuperou e fez a defesa definitiva em seguida.
O Atlético-PR, por sua vez, conseguiu ter uma boa movimentação pelo lado esquerdo com o lateral Pedro Botelho, mas o goleiro Michel Alves não chegou a ser ameaçado.
Assim que o juiz apitou o início da segunda etapa a torcida do Criciúma levou um banho de água fria, mas não por méritos do Atlético-PR. Em São Caetano do Sul o São Caetano fazia 1 a 0 no Goiás, resultado que exigia do Tigre uma vitória, e não mais o empate, para garantir vaga na Série A.
Aos três minutos o Atlético-PR chegou com perigo pela primeira vez na partida. O meia Felipe passou pela defesa do Tigre pelo lado esquerdo e cruzou, mas ninguém conseguiu concluir para o fundo da rede e a torcida do Criciúma respirou aliviada. O anúncio do gol de empate do Goiás fez o Estádio Heriberto Hülse explodir em alegria, pois com esse resultado a vaga Série A estava novamente com o Tigre, independente do que pudesse vir a acontecer em Criciúma.
O chute forte de fora da área para e a defesa difícil de Michel Alves aos 19 minutos indicava que o Atlético-PR começava a dominar a partida. Aos 28 minutos a torcida do Criciúma pulou de alegria e nem foi por um gol marcado no Heriberto Hülse. O São Caetano havia perdido um pênalti e o empate na partida em São Paulo que decretava o acesso do Tigre era mantido.
A festa no Estádio Heriberto Hülse explodiu de vez aos 34 minutos. Nesse instante acabava a partida entre São Caetano e Goiás e o Criciúma estava de volta a Série A pois não seria mais alcançado pelo Azulão faltando ainda uma rodada para o final da Série B.
O fim da partida em Criciúma tornou a festa definitivamente completa: os jogadores que estavam em campo também puderam correr, pular e se abraçar. A missão estava cumprida e o sofrimento chegava ao fim. O Tigre agora é da Série A!
CRICIÚMA 0
Michel Alves; Eric, Ozeia, Matheus Ferraz e Marlon; França, Fransérgio (Elias), Kléber e Válber (Gilmar); Lins (Douglas) e Zé Carlos
Técnico: Paulo Comelli
ATLÉTICO-PR 0
Santos; Maranhão, Manoel, Luis Alberto e Pedro Botelho; Deivid, João Paulo,
Elias (Paulo Baier) e Felipe (Henrique); Marcelo e Marcão
Técnico: Ricardo Drubscky
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por José Javel Silveira e Rafael da Silva Alves (trio do Rio Grande do Sul)
Gols:
Cartões amarelos: Luís Alberto e Felipe (A)
Renda: R$ 339.350,00
Público: 16.540 torcedores
Local: Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma

Fonte: ClicRBS - Foto: Jessé Giotti.